Trémulo corpo, esvaído
Perdido na sombra
Abafado pelo odor da ressaca,
Pintada na epiderme,
Transpirado por gotas
De um venenoso orvalho
Fresco da manhã
Que refresca o dia
Picado por lâminas afiadas
Que cortam suavemente
Um fio fino do teu corpo …
Trémulo corpo, esmagado
Contra o muro metálico
Suavizado pelo frio
Que aquece os pensamentos
De quem enxerga
A devassidão do dia
Que nasceu para todos
E para ninguém.
Que está preso
Por correntes de elos abertos
Que marcam o corpo…
Trémulo corpo, molhado
Pelo sangue que lhe deu vida
E a fez viver
Num mundo que a amou
E que a odiou
Que a desejou
E lhe deu rosas
De pétalas negras
Que enfeitam o seu caminho
E a guiam na direcção do Inferno!
Onde o corpo gelidamente aquecido,
Emana imponente…
Trémulo corpo, silenciado
Pela notícia
De um fim de vida
Que se esfaima no horizonte
No ouvir silencioso
Dos corvos e abutres
Que dissecados pela fome
Despedaçam e deliceram
O CORPO…
Corpo trémulo…
Corpo…
Corp…
Cor…
Co…
C…
…
CM
Maio de 2008
Perdido na sombra
Abafado pelo odor da ressaca,
Pintada na epiderme,
Transpirado por gotas
De um venenoso orvalho
Fresco da manhã
Que refresca o dia
Picado por lâminas afiadas
Que cortam suavemente
Um fio fino do teu corpo …
Trémulo corpo, esmagado
Contra o muro metálico
Suavizado pelo frio
Que aquece os pensamentos
De quem enxerga
A devassidão do dia
Que nasceu para todos
E para ninguém.
Que está preso
Por correntes de elos abertos
Que marcam o corpo…
Trémulo corpo, molhado
Pelo sangue que lhe deu vida
E a fez viver
Num mundo que a amou
E que a odiou
Que a desejou
E lhe deu rosas
De pétalas negras
Que enfeitam o seu caminho
E a guiam na direcção do Inferno!
Onde o corpo gelidamente aquecido,
Emana imponente…
Trémulo corpo, silenciado
Pela notícia
De um fim de vida
Que se esfaima no horizonte
No ouvir silencioso
Dos corvos e abutres
Que dissecados pela fome
Despedaçam e deliceram
O CORPO…
Corpo trémulo…
Corpo…
Corp…
Cor…
Co…
C…
…
CM
Maio de 2008
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