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Amarante, Portugal

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

“Penumbra”

A penumbra da noite alojou-se na minha alma!
O sonho almejado, a cada passo que dou entra cada vez mais num caminho de escuridão. A brutalidade de insistência no que não acredito está a desgostar-me por completo. Sinto o meu corpo a apodrecer, rodeado de cães famintos que unicamente anseiam a carne mutilada pelos corvos.
A indiferença que me transmitem perante o que necessito e defendo destrói-me a alma e corrói-me o corpo. A passividade da situação leva-me a um abismo que não consigo deixar de parar de caminhar sobre ele. Cada vez mais eminente, cada vez mais perto…
A minha consciência já nem consegue estar calada, imune, a tanto silêncio e indiferença. Sinto que não faço parte deste mundo que toda a gente consegue ser feliz com tão pouco, quando só consigo ser feliz com muito.
Mas o que é isso afinal, ser feliz com muito? Nada mais do que ter a fidelidade, compreensão e admiração daqueles que amamos…
Cada vez mais as mutilações psicológicas da alma, que nos derrubam bem mais que o sangue que jorra de uma ferida, estão quase a preencher-me a alma.
Não faço parte de ninguém e ninguém quer fazer parte de mim!

CM
Fevereiro de 2011

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