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Amarante, Portugal

terça-feira, 22 de julho de 2008

Luz da vida e dos sonhos

Bicho de patas múltiplas que mutilas o corpo frágil e desarmado com as garras afiadas desse cadáver sanguinário, na espera de mais uma vítima…
No silêncio da noite, no invólucro da escuridão e do nada, no entremear de um espaço vazio e oco, és tu, ser desprezível que fazes com que ainda se sinta viva…
Mutilada e sem rumo sente essa dor que pregas e sabe que respira…
Cansada e impaciente, reflecte a sua insatisfação numa forma repelente e sabe que vive…
Nesse espaço oco e vazio uma estrela brilha de uma forma fabulosa, não natural e fá-la despertar…
O brilho que imana constantemente aquece-lhe o profundo da vida e dos sonhos e ela sabe que quer viver…
Na busca dessa vida, repele as garras e mata a dor como sabe e pode e dessa forma tenta viver…
Sente nesta fase um respirar mais presente e mais forte na negrura do espaço que a envolve!
A luz aumenta e o tom e clareia-lhe a mente, na visualização com o que se depara, quer viver…
O corpo sanguinário parece ter acalmado, por hoje, … Mais uma luta vencida, mais uma luta travada, numa batalha de muitas lides!
Esbaforida e cansada das mutilações, deixa-se cair, não vencida, mas vencedora, feliz por conseguir finalmente resfolegar e procurar a luz da vida e dos sonhos…
Amanhã haverá nova luta!

CM
Julho de 2008

domingo, 13 de julho de 2008

Palpitações

Palpitações, batidas, toques e acelerações…
A vida é feita de uma mistura de sons, efeitos, formas que nos fazem ser nós. Que nos fazem viver, acreditar e sonhar!
O rolar desta passagem no horizonte invoca tormentos apetecidos e proibidos. Atrasa-nos a racionalidade e torna-nos em animais dissimulados pela magnitude de um sonho escondido.
A naturalidade das coisas fazem-me acreditar numa rebelião de novos conceitos, novos objectos, novos seres, … enfim coisas que ainda não são tão naturais assim!
O desnudar da imagem reflectida lá longe, traz-me uma alegria e motivação para aquilo em que acredito…
O som imanado, solto e angustiante de um sofrimento silencioso também nos ajuda a evoluir…Não é verdade, afinal?
Acreditem que sim!... Podemos sofrer em silêncio, um sofrimento que nos faz bem, que nos puxa e nos arrebata o corpo…
E devem perguntar: “ Como tal é possível? Como se pode dizer que o sofrimento nos faz pessoas melhores, ou nos motiva para idealizar os sonhos?”
É verdade!
Da mesma forma que nos sentimos bem com o nascimento, apesar de nos doer o corpo todo…
É a vida que nos transpõe uma essência magnata num ténue espelho de água, que se dilui na realidade da verdade existente.
Palpitações, batidas, toques e acelerações…


CM
Julho 2008

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