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Amarante, Portugal

sexta-feira, 2 de maio de 2008

“Bolas de Sabão”

Matéria que se derrete no frio da montanha, entorpecida pelo calor do sol que se abate sobre ela. É nesta visão de deslumbramento que se perde o transeunte na busca de uma existência…
Picos e faíscas de cor iluminam a sua mente e resvalam na beleza picotante da gélida infusão de calor que se abate sobre ele!
Sentindo uma nítida e fogorosa atracção profana, pela pintura desenhada na humidade do calor do dia, as bolas de sabão flutuam no ar, deixando atrás de si o aroma, do desejo de lá chegar…
Bolas de sabão…
Envolvido e entrelaçado numa corda de picos de rosas, pingando doces gotas de sangue, espera por ele do outro lado…
Cega,
Impedida de ver pela luz que lhe corta o olhar …adormece…
Adormecida no recanto das húmidas bolas de sabão, deixa transparecer o culminar que aquele corpo já teve…
… os corpos que se aproximam amarrados pelo poder da atracção, estão próximos.
A intensidade do momento é vigorante e submissa…
Pedem num simples vislumbrar deles mesmo que aquele momento se torne num tempo secular…
Na imagem da sua retina tudo pára, como se só eles vivessem, tudo está estático, parado no tempo. O movimento só existe, neles!
Momentaneamente e sem poder travar as pernas atadas, tacteando-lhe o corpo numa busca infernal… procura...
No toque de cada tecido de pele, no aveludado corpo, sente-lhe o calor da epiderme a emergir em gélidas gotas de sabão…
Percorrendo o caminho, onde as queridas mãos morenas lhe tinham traçado o nome, entrega-se na fogorosa abertura de um clímax tão pedido e desejado!
Teu corpo, meu corpo…
Tudo o que o transeunte sonha na penumbra da noite!
Ploc…
Não resistindo à transparência das bolhas, finas e frágeis…
Ploc…ploc…
Explodem …
Acordada com as picadas destas ponteiras fica feliz. Uma última bola de sabão esbate-lhe no rosto… e humedece a essência, como sinal do acordar de um sonho.

Continuando na caminhada da sua existência, revigora-se…
Um dia, nascerás…
Um dia, viverás…
Um dia, serás…
Serás meu, como eu sou tua…
Um dia, verás…
Verás, como és meu…
Um dia, descobrirás…
Descobrirás, que me amas,
Como eu te amo a ti.
Um dia, as bolas de sabão…
As bolas de sabão, serão bolas de sabão…

CM
Maio de 2008

1 comentário:

Anónimo disse...

Procedimento

1. Faz um círculo com o arame. Vais utilizar esse círculo para fazeres bolas de sabão.

2. Prepara uma solução de detergente e água para fazeres bolas de sabão. (deitar meio copo de detergente e meio copo de água)

3. Deita três colheres de bicarbonato de sódio na jarra.

4. Deita um copo de vinagre na jarra. ( o bicarbonato e vinagre vão começar a reagir logo de imediato, formando-se o dióxido de carbono)

5. Depois da reacção cessar, faz bolas de sabão, tentando que estas entrem na jarra. ( não se deve fazer bolas de sabão directamente para a jarra, porque pode forçar-se o dióxido de carbono a sair)

6. Quando a bola de sabão entrar na jarra, podes verificar que vai ficar suspensa.


Para outras "bolas" que nos fazem flutuar, já deves saber a fórmula.

Cada vez melhores os textos. No entanto intriga-me uma coisa. Os tempos verbais . . .

D

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