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Amarante, Portugal

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

“Manhã de Outono”

As pupilas dilataram e despertaram para mais uma linda e fria manhã de Outono…
Facilmente mais bonita e facilmente mais chamativa…
Numa corrida desenfreada de minúsculo encéfalo, que apressadamente enrola os pensamentos agitados e inquietantes, não consegue deixar o que mais o absorve.
O acordar de uma realidade inquietante e desejada percorre todos os pensamentos e não deixa respirar o frágil coração, que insistentemente rejubila a cada minuto que passa.
Sentimos…
Imaginamos…
Cruzamos barreiras nunca antes perceptíveis ao mundo…
Tenebrenta viagem que nos emerge em vidas separadas e juntas, de uma forma que nos afoga e nos puxa para a profundidade cega do desconhecido.
Imensidão de um mundo que não conseguimos abranger e alcançar, mas do qual não conseguimos desligar…
Sentimentos à flor da pele, que anseiam por repetir uma vez mais uma noite de luar…
Desejos de arrependimento de tão pouco, num querer de muito mais…Desejo que cresce com cada som emitido, cada palavra escrita, cada anseio debitado de parte a parte, numa corrida atrevida que não conseguimos cessar!
Esquecendo tudo aquilo que nos rodeia e tudo o que representamos para os outros, ousamos desejarmo-nos, mais que alguma vez podíamos…
Calcamos lava incandescente debaixo de nossos pés, que nos incendeia os corpos e nos rebate para a imaginação de muito mais…
A apresentação que devia ter terminado ou simplesmente acalmado a flama que nos queimava, simplesmente conseguiu estimular ainda mais o ardor, para provocar uma verdadeira erupção, que ambos sabemos que não há forma de findar.
A realidade diz-nos que tem de terminar aqui e ambos acatamos as consequências.

CM
Novembro 2009

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