Guerra desmedida, luta sem fim, que juntos enfrentamos em mundos irreais, num único mundo. Espadas afiadas, lanças de grande alcance, cavalgando na busca do desconhecido, em direcção à vitória, perante os nossos olhos.
Compromisso e honra que nos une, no imaginário que criamos e com o qual nos identificamos. Identificação essa que chega a doer… Doi de forma doce e penetrante, como insígnias que espetam no coração e fazem dilatar, palpitar e despertar, numa ânsia terrível demais. É um desejo tão profundo de querer levar aquele prazer ao clímax… É uma busca desesperada de sentir, de chegar, de ter e possuir num desejo desenfreado…
Subtileza de palavras e esquemas impossíveis de realizar, são aquilo que vamos projectando, num mundo só nosso, que ninguém consegue alcançar com a inteligência que nos absorve e consome as entranhas e nos pede mais, quando sabemos que é proibido.
Torneámos os instintos como podemos e sabemos, conseguindo desta forma suster um anseio cada vez maior em unificar uma coisa que desconhecemos realmente.
Afastamos palavras e unimos desejos, num mistério que nos envolve e que nos leva para além da imaginação.
Acordados novamente para a guerra, vamos tentando planear estratégias e investidas nos inimigos que nos rodeiam. São implacáveis e não nos deixam viajar no surreal que criamos à parte de um mundo de sangue que jorra para todo o lado. Impávidos ao que se passa, embarcamos noutro barco, que nos afasta e nos une, onde passamos invisíveis a quem nos vê.
Atentos a cada palavra escrita, a cada gesto imaginado, no descrever das letras, focamos e invocamos no outro aquilo que outros não nos deixam ser. Perdidos e absortos do que nos circunda, percorremos cada pormenor um do outro, na face da nossa fantasia, sempre na demanda de mais.
Desejo ardente que invade cada centímetro dos nossos corpos e pensamentos, cada vez mais tórrido e insuportável de conter nas palavras… Até onde iremos chegar!!?..
CM
Outubro 2009
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